Uma universidade de jovens aprisionados por fraudes e por diferenciações mentirosas. Uma universidade em que a ideia de ser preto ou branco faz alguém mais que alguém. Uma universidade de garotos machistas e prepotentes que tem em sua estupidez seu maior culto. Uma universidade de garotos que querem ser fortões, ricos, bem vestidos, adaptados ao social. Garotos que concorrem por garotas e as enxergam como troféus e como coisas a possuir. Uma universidade de garotas possessivas e prepotentes que tem em sua idiotice seu maior culto. Garotas que querem ser “as gostosas”, ricas, consumistas, adaptadas ao sistema social, apoiadas sobre uma chantagem sentimental. Meninas que concorrem por meninos e que querem ter e ser “troféus” e que querem ser objetos a possuir. Gente que pensa em mudar sua natureza para se adaptar aos preconceitos sociais, para fazer o jogo dos idiotas. Gente que desrespeita as vontades e os gostos de cada um, para seguir o jogo do preconceito, gente que discrimina homossexuais, que acha lógica em ser racista, que mata e morre por uma “fronteira”. Universitários que seguem como água suja pelos canos de esgotos do sistema da universidade que condiciona você a tudo sem você perceber e nem se manifestar. Universitários que têm problema de coluna que nasce e morre de cabeça baixa em sinal de submissão e humilhação. Universitários que têm dificuldade mental, que balbucia algumas palavras, que vomita da goela apenas “sim senhor”.
Universitários que vão ajudar o sistema a sobreviver!
Uma universidade fervilhando revolucionários que se masturbam com a esquerda e que idolatram deuses e mitos estúpidos. Uma universidade de revolucionários de bar interessados em fazer posse de rebeldia e aparecer um dia nas paginas da Veja... Revolucionários medíocres que adotam rótulos que desconhecem e que dizem defender o que não entendem.
Uma universidade sitiada, onde homens de farda estão vigiando permanentemente em todos os lugares.
Uma universidade hierarquizada onde os mais espertos cravam seus tênis tão caros nas cabeças dos trabalhadores assalariados.
Uma universidade burocratizada onde para fazer qualquer porra precisa-se da permissão de umas vinte pessoas.
Ruas universitárias por onde ao mesmo tempo transitam corpos tão diferentes, mas que se odeiam e ignoram-se com igualdade.
Ruas universitárias que conduzem todos a lugar nenhum, continuamente a todo instante...
Texto enviado por: Jefferson
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