Viva rápido, morra cedo! - 40 anos sem Janis Joplin

Postado por Fabinha às 16:47
Eu trocaria todos os meus amanhãs por um único ontem.”




Há 4 décadas atrás, nos despedimos de um dos maiores ícones da história da música mundial; gostaria de passar imparcialidade a esse post mas, como admiradora, fica difícil não demonstrar “tietagem” a toda sua história de vida, dramas pessoais e conquistas.

Tendo como principais ídolos e influencias: Bessie Smith, Leadbelly e Big Mama Thornton; Joplin começou a cantar blues e folk no início da década de 60 com amigos , mesmo sofrendo preconceito e discriminação por parte de sua família “tradicional” e todos de sua cidade (por curtir blues e andar com negros). Aos poucos, foi se consagrando como uma grande artista e uma das maiores promessas; é lamentável que todas as suas demasias com uso de álcool e heroína, tenham superado todo o seu amor pela música.

Em 1966 ela começa a cantar no Big Brother & The Holding Company, banda cuja qual já existia e que ela tinha grande admiração. Após sair da banda, por algumas divergências, Janis monta uma outra banda ( a Kosmic Blues Band) em 1969, mas não deu muito certo, o grupo separou-se e Janis seguiu carreira solo.

Joplin continuou compondo e gravando, mas seus vícios sobressaíram a sua carreira; como forma de amenizar sua carência em momentos de abstinência, Joplin veio passar uma temporada em nosso país. Há vários relatos e curiosidades sobre suas “peripécias” em terras tupiniquins; as que mais se destacam são: nadar nua na piscina do Copacabana Palace, que acarretou sua expulsão do hotel; topless na praia; ser barrada quando iria ao camarote para assistir o carnaval (julgaram suas roupas com as de mendigo), “showzinho” em um cabaré (em troca de alguns drinks) e um romance rápido com o Serguei.
Janis Joplin morreu em outubro de 1970, em Los Angeles, com uma agulha enfiada no braço. Foi cremada, e suas cinzas foram jogadas no Oceano Pacífico. Em 1971, é lançado o álbum “Pearl”, seis meses após sua morte.

Várias pessoas a julgam de modo “superficial”; como uma louca que não soube ser forte o baste para superar um vício; que tinha tudo para ter uma carreira longa e sólida, mas jogou tudo pra trás... Bom, uma das letras que melhor demonstra toda a angústia e vazio, que sentia, é a “Ball and Chain”:

Sentada na minha janela,
Observando a chuva lá fora.
Sentada na minha janela,
Olhando a chuva lá fora.
Alguma coisa apareceu, veio se agarrar a mim,
E parecia como uma bola e uma corrente
É exatamente isso que parecia
Me arrastando pra baixo

E eu digo agora, querido, me diga o por que?
Por que toda e cada pequena coisinha que eu me apego dá errado?
Sim, dá errado, sim
E eu digo agora, querido, me diga, por que?
Todas as coisas, todas as coisas!
Hey, hoje você foi embora daqui, eu quis te amar,
Eu apenas queria te abraçar,eu disse, então até logo
Sim! Está tudo bem!

O amor se mantém firme em mim,
Sinto como uma bola e uma corrente
Agora, o amor está me puxando pra baixo,
Sinto como uma bola e uma corrente
Eu espero que haja alguém lá fora que possa me explicar
Por que o homem que eu amo quer me deixar em meio a tanta dor
Sim, talvez, talvez você possa me ajudar, vamos, me ajude!



"Algum dia eu ainda irei compor uma música que explique o que é fazer amor com 25.000 pessoas durante um show e depois voltar para casa sozinha." - Janis Joplin

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